segunda-feira, 26 de novembro de 2012

História de pescador...

Que jornalista é um bicho esquisito todo mundo já sabe, mas é cada coisa que a gente ouve por aí. Acredite se quiser, mas o Jornalista Esportivo Cássio Peixoto quase foi linchado em uma partida entre o Americano e o Goytacaz. Se eu não me engano foi em 2008 depois que o jornalista escreveu uma matéria para o Jornal O Diário. A matéria trazia uma pesqueisa encomendada por uma empresa interessada em investir no esporte da cidade. A pesquisa constatou que o Americano tinha a maior torcida no município, enquanto o Goytacaz ficava bem lá atrás. Ninguém acreditou, claro. O Cássio é um Jornalista de renome na cidade, mas é fanático pelo Time do Americano desde criança. Para se ter uma idéia o seu avó é ex-jogador do time, preciso dizer mais nada.
Mas o problema não é esse, a tal situação deixou todas de queixo caído, o Goytacaz sempre enche os estádios, tem uma torcida presente em todos os jogos, até os de fora da cidade. Mas o fato que encher os estádios não significa que a torcida seja menor ou maior. Tem torcedor que nem vai ver os jogos, que prefere ver em casa com a família ou é daquela geração mais antiga que prefere acompanhar os jogos nos rádios de pilha. Mas o fato é que essa matéria deixou os torcedores do Goytacaz revoltados e até hoje é lembrada. Por conta disso, Cássio quase foi expulso de um jogo, os torcedores revoltados com a matéria quando viram que ele estava no estádio Godofredo Cruz cobrindo um jogo quando os torcedores começaram a gritar palavrões de baixo calibre e ir na direção do jornalista.“Era domingo, estádio cheio, muitos pais estavam levado seus filhos, estava um calor infernal e eu não via à hora de ir embora, não me impus e continuei no estádio, até que os torcedores começaram a forçar a grade de proteção e formar um “grupo” para ir tirar satisfação comigo”. Comentou o Cássio.
Ele acabou indo embora do estádio e desde esse dia, começou a receber ameaças dos torcedores. Muitos ligam pra ele passando trote, outros ligam até para a casa do pai dele. — O seu pai ficou com tanto medo dessa situação que todos os dias, pedia para filho largar essa profissão, até que um belo dia o próprio dono do jornal onde ele trabalhava e trabalha até hoje, o afastou no jornalismo esportivo por um tempo. Ele ficou entre o caderno de cultura e o esportivo. Hoje está mais no esportivo mesmo, mas não escreve matérias sobre jogos e tudo mais. Dedica-se a outros prazeres, coleciona gibis e discos, tem uns três empregos e vive a vida como pode. Cássio começou a sua vida no Jornal Folha da Manhã, como diamagrador, e recebeu uma proposta de trabalhar no Jornal O Diário que tinha acabado de ser criado. Aceitou a proposta e trabalha até hoje lá. Com o seu temperamento e personalidade forte tem um texto que chama a atenção dos leitores, já quase foi despedido várias vezes por deixar em certos momentos suas opiniões. Ele garante que sabe separar a sua paixão pelo time do Americano com a sua profissão, e deve saber mesmo, ninguém fica tanto tempo no mesmo emprego se não for bom e se destacar entre os demais.


Por Natália Moraes

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